18.2.11

Fiz-me homem

Devo tudo ao Centro de Emprego. Se estou à porta dos trinta e nunca trabalhei mais do que um total de sete dias na minha vida, foi porque todas as reuniões de aptidão vocacional com a (enfim...) Técnica de Apoio à Procura de Emprego concluíram que estava apto para formação profissional. E apto entrei num curso de três anos de jardinagem, que abandonei ao fim de um, quando me vi de ancinho na mão rodeado de ex-reclusos e outros "grupos de risco". Tinha planos para a minha vida. O curso de Mesas e Bar, de outros três anos, consegui completar, mas antes de terminar a primeira semana de trabalho, soube que se mais alguém me revirasse os olhos por me enganar no pedido (mesmo com o bloquinho, é difícil dar conta de tudo), eu teria que virar-lhes a mesa nos cornos. E foi assim, zangado com a vida, que entrei no curso de Cabeleireiro, ainda por três anos, que se limitaram a duas semanas, ao fim das quais fui informado que era muito pouco comum arrancar a cabeça a três manequins (de plástico, calma), com a força da escova no cabelo.

Que se foda, também nunca gostei de acordar cedo.

1 Comentários:

Blogger Yumi disse...

Gostei de ler os bocadinhos (salvo seja) de texto que nos apresentas,

Continua com o blogar *

21 de fevereiro de 2011 às 18:01  

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